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Contraste de bases de dados

Quem tem a informação mais confiável?

Este artigo é a continuação de um debate sobre atualizações de bases de dados.

Que teve seu início ainda em 2023, quando os dados do Censo 2022 tinham sido preliminarmente liberados, só que em proporção insuficiente para atualizarmos nossas bases geodemográficas. 

O que não impediu nossos colegas de, sabe-se lá como, "atualizarem" suas bases e ainda partirem para essa provocação:

Temos o print para o caso de ser apagado 😉

Até que, com grande esforço e acessando novos blocos de informação liberados pelo IBGE referentes ao Censo 2022, aproximadamente um ano depois, chegamos à nossa atualização de base. 

Tão logo concluímos o trabalho, convidamos nossos concorrentes para um embate de verdade:

Ainda que membros de topo de uma delas tenham vindo a público falar do estágio de atualização de suas bases, não fomos procurados para a sessão conjunta.

Eis que um usuário da tal plataforma, que preferiu não ser identificado, nos enviou um estudo que fez para ser usado como base de comparação.

Removemos elementos associativos do material, a fim de manter esse debate essencialmente técnico, e refizemos o estudo usando a Mapfry:

Vamos ao comparativo

Tivemos que compatibilizar a base concorrente com a da Mapfry, o que pode levar a algumas distorções.

Partindo de uma população parecida, em que a primeira indica 24.311, enquanto a Mapfry aponta 23.242 habitantes, as diferenças começam com a Mapfry sinalizando uma proporção maior de meia idade, enquanto a base concorrente joga mais gente para as faixas etárias mais avançadas.

Faixa Etária Concorrente Mapfry
Crianças (0–9 anos) 2.757 / 11,34% 2.413 / 10,4%
Adolescentes (10–19 anos) 3.524 / 14,50% 2.507 / 10,8%
Jovens (20–29 anos) 2.622 / 10,79% 3.020 / 13%
Jovens Adultos (30–39 anos) 3.254 / 13,39% 3.496 / 15%
Adultos (40–49 anos) 3.899 / 16,04% 3.477 / 15%
Meia Idade (50–64 anos) 3.679 / 15,13% 4.420 / 19%
Idosos (65 anos ou mais) 4.576 / 18,82% 3.909 / 17%

Em renda, informação que não estava disponível para o Censo 22 na ocasião do comparativo, já podemos notar pesos bem diferentes.

Enquanto uma vê uma elite predominante, com quase 40% da população nas classes mais altas, a Mapfry desenha um cenário mais proporcional, em que a base da pirâmide (classes C, D e E) soma quase 50%. 

Fica mais fácil perceber as distorções quando montamos essa tabela, alinhada às faixas Mapfry:

Classe Intervalo (SM) Concorrente Mapfry
AA ≥ 15 28,36% 6,6%
A 10 – 15 12,75% 24,9%
B 5 – 10 22,43% 18,6%
C 2 – 5 13,96% 18,9%
D 1 – 2 11,40% 24,3%
E ≤ 1 11,07% 6,8%

Considerações

Este é um retrato pontual das bases de ambas as empresas naquele momento anterior à divulgação (parcial) das informações de renda do Censo 2022.

Nada do que foi analisado aqui pode levar a crer na superioridade técnica uma sobre a outra.

Temos essas e outras empresas de Geomarketing olhando para a população em todos os lugares do Brasil.

Cada uma vai traçar perfis de renda, idade e composição familiar, que, ao final, vão entregar retratos de um mesmo lugar, só que, como se pintados por artistas diversos, apresentam diferenças entre si.

Tivéssemos recebido dados de qualquer outra empresa do segmento, talvez nem mesmo valesse um post, tampouco este artigo, mas sendo quem são, ficamos felizes em notar que sobrevivemos à comparação com uma empresa que sempre foi referência em Geomarketing.

Só que, a realidade é uma só

Simplesmente não dá para concluir dizendo que “as duas estão certas”.

Então deixamos para você o trabalho de julgar qual das perspectivas de dados melhor reflete esta realidade 👇👇👇

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