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Muita gente acha que o melhor analista de expansão é aquele que domina alguma ferramenta de Geomarketing, sabe rodar os modelos em R e consegue falar de payback e isócronas de olhos fechados.
Isso é importante, claro, mas é apenas o ponto de partida.
O que diferencia os analistas que realmente prosperam é a capacidade de transformar conhecimento técnico em impacto para a rede.
Com isso em mente, seguem cinco hábitos que definem os analistas de sucesso:
Mente aberta
O perigo de achar que já se sabe o que funciona.
Cada cidade, cada ponto, cada franqueado traz variáveis diferentes.
O bom analista se pergunta: o que estou deixando passar?
Quem pode me ajudar a enxergar outro ângulo?
Existe experiência em outra rede que eu possa aplicar aqui?
Curiosidade é arma contra vieses.
Raiz no mundo real
O analista que sonha com a franquia perfeita, em cenários sem restrições de capital, operação ou negociação, vai se frustrar.
A realidade é lidar com franqueados ansiosos, proprietários de imóveis resistentes e limitações logísticas.
O sucesso vem de aceitar o jogo real: transformar restrições em parâmetros de decisão, não em desculpas.
Idealismo pragmático
Sim, todos sonhamos com uma rede bem distribuída, sem canibalização e com ROI garantido.
Mas os analistas de sucesso dividem esse ideal em passos concretos: aprovar pontos que se sustentem agora, priorizar regiões estratégicas, desenhar fases de expansão.
A visão ampla guia, mas o que conta são as pequenas vitórias bem estruturadas.
Reenquadrar problemas difíceis
Um ponto pode parecer inviável sob uma ótica, mas ganhar nova luz em outro enquadramento.
Talvez o imóvel seja caro demais, mas viável em formato reduzido.
Talvez o bairro pareça saturado, mas exista um cluster de clientes pouco atendidos.
Analistas de sucesso não apenas analisam, reinterpretam.
E, a partir do reframing, oferecem soluções que antes pareciam inexistentes.
Paciência com que não entende
Grande parte do time de expansão, franqueados e até diretores não entende os detalhes de uma análise territorial. E está tudo bem.
É papel do analista traduzir dados em histórias que façam sentido.
Se você se irrita porque “ninguém entende o modelo gravitacional”, vai perder aliados.
O hábito vencedor é educar com clareza, repetir com paciência e aceitar que explicar faz parte do trabalho.
Os melhores analistas de expansão não são os que acumulam mais técnicas, mas os que sabem usá-las com inteligência social e pragmatismo.
Afinal, que valor tem a análise perfeita se ninguém confia nela ou se ela não move a rede para frente?